“Estou a ser acusada de uma coisa que não fiz; tenho a consciência tranquila”. As palavras são da mulher que está a ser julgada no Tribunal de Aveiro por, alegadamente, ter assassinado a tia durante uma violenta discussão ocorrida há cerca de um ano, em Oliveirinha.
A arguida, de 54 anos, prestou declarações durante a manhã de ontem, na recta final do julgamento, para negar o crime de homicídio de que é acusada. Alegou legítima defesa, garantindo, inclusive, desconhecer quem desferiu a facada fatal na vítima, por quem, na sua versão, era constantemente ameaçada e insultada. “A minha tia e a minha irmã entraram na minha cozinha para me baterem. Agarraram num pau e eu agarrei noutro para me defender. Levei mas também dei, porque quem vai à guerra dá e leva, mas eu não matei ninguém, não peguei em nenhuma faca nem vi quem o fez”, afirmou, perante o colectivo de juízes, referindo ainda que só soube da morte da tia mais tarde, através das autoridades e do hospital.
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