“Apelo às paróquias, às comunidades religiosas, aos monastérios e santuários de toda a Europa que recebam uma família de refugiados.” O apelo do Papa Francisco, feito durante a oração do Angelus, no dia 6 de setembro, tocou fundo no coração de Carlos Réu. Dois dias volvidos e com aquela mensagem em constante vaivém no seu interior, o presidente do Centro Social de Oiã pegou no telefone. “Padre Mário, estamos na disposição de acolher uma família de seis pessoas.”
Estava dado o primeiro passo. Um mês depois, no dia 14 de outubro, em Lisboa, era assinado um protocolo de compromisso entre a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) e a Paróquia de Oiã, no âmbito do programa PAR Famílias.
“Antes disso, recebemos uma visita de uma responsável da CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade), do Porto, que ficou bastante agradada com as instalações do velho Lar, que está funcional, apesar de não ter lá pessoas”, adiantou Carlos Réu ao JB.
Será, pois, por estes dias, que a família, vinda da Síria, será acolhida no Centro Social de Oiã. “Não sabemos, até ao momento, quem são, quantos são, que idade e formação têm, que língua falam, nada… O que sabemos é que estamos em condições de lhes oferecer alojamento com todas as condições de higiene e conforto, alimentação, vestuário, acesso à educação através da nossa creche, jardim de infância e ATL, e acesso a cuidados de saúde, pois temos um médico e enfermeiros nas novas instalações.” Para além disso, o Centro Social de Oiã está muito bem localizado, tendo ali bem perto a estação de caminhos de ferro, a extensão de saúde e a EB 2/3.
Quando à possibilidade de emprego, Carlos Réu não a assume, mas deixa um apelo ao tecido empresarial da freguesia (e do concelho), para que sejam sensíveis e ajudem na integração laboral destes refugiados. “Há já, também, algum movimento da sociedade civil, a apoiar-nos”, frisa o presidente da direção do CSO.
Oriana Pataco
Leia a notícia completa na edição de 12 de novembro de 2015
Diário de Aveiro |