O livro “Oliveira do Bairro – Alma e Memória”, segunda edição, uma monografia da freguesia de Oliveira do Bairro, da autoria de Armor Pires Mota, foi apresentado, no sábado, no salão da Câmara Municipal, pelo historiador e escritor bairradino Amaro Neves. A Câmara Municipal de Oliveira do Bairro ofereceu metade da tiragem (500 dos 1.000 exemplares) à Comissão Fabriqueira da Paróquia de Oliveira do Bairro, para que a receita dos mesmos reverta a favor das obras de reabilitação e conservação da Igreja Matriz de Oliveira do Bairro. O livro pode ser adquirido, pelo valor de 15 euros, na Casa Paroquial e na Biblioteca Municipal.
Armor Pires Mota começou por agradecer ao apresentador da obra – Amaro Neves –, “grande e cotado historiador aveirense, natural de Fermentelos, amigo que fez o favor de falar do livro com entusiasmo. Agradeço todas as suas elogiosas referências que aceito com a humildade de um aluno, ainda que aplicado”.
Armor Mota agradeceu ainda ao presidente da Câmara que “foi solícito à proposta da edição e doação à Comissão Fabriqueira de 500 exemplares para venda em benefício das obras, assim como à vereadora da cultura, Elsa Pires pelo interesse em dar continuidade ao projeto iniciado há quatro anos pela ex-vereadora Laura Pires”.
Segundo Armor Pires Mota, “O livro «Alma e Memória» não é mais do que a monografia da freguesia de Oliveira do Bairro, corrigida e aumentada, abrangendo uma grande variedade de apontamentos históricos. Um livro do género nunca sai completo. Assim aconteceu com a 1.ª edição. Por um lado, estava esgotado há cerca de dez anos; por outro, outros documentos estiveram entretanto ao nosso alcance. E seria pena não dá-los a conhecer, registá-los. Como por exemplo: algumas terras foram de el-rei D. Dinis (séc.XIII), como Recamonde, Lavandeira e Barro de Mogo, etc.)”. “Sabe-se hoje que nem sempre o lugar da Serena assim se chamou e provém do nome de uma proprietária de largos bens; além do saque dos bens da igreja pela República, vem a lume o longo processo da Residência Paroquial que opôs o padre Manuel Rodrigues ao governo, e ainda a polémica à volta do Centro Republicano Caridade de Oliveira do Bairro e outras notas tão interessantes e curiosas como esta: junto do Rio Cértima, a noroeste da existente ponte, viveram povos há mais de cinco mil anos. Isto é, estas terras, ao longo deste rio, são muito antigas quanto a povoamento”, contou Armor Pires Mota.
O autor referiu ainda não ter dúvidas que “ havia mais do que razões para ser feita uma nova edição, trabalho que, por diversas circunstâncias, se veio a arrastar no tempo, até que, finalmente, volta a estar aí, graças à Câmara e ao empenho da vereadora da Cultura”. “Estou satisfeito, feliz, não tanto por mim, mas pelo que este representa para a Câmara, divulgação cultural, para a história e memória local e para os vindouros. Feliz por mais uma vez estar ao serviço, gratuito, do concelho e suas gentes. Neste caso concreto, as de Oliveira do Bairro, freguesia. Trata-se de um verdadeiro legado às futuras gerações. E também feliz porque metade da edição (500 exemplares) foi cedida pela Câmara ao Conselho Económico da Fábrica da Igreja da Freguesia de Oliveira do Bairro, destinada à angariação de fundos para fazer face às enormes despesas com o restauro do templo”, acrescentou.
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