A 13 de Outubro de 1987, há precisamente 28 anos, o Diário de Leiria estava pela primeira vez nas mãos dos seus leitores.
Na sua edição de hoje, o director da publicação, Adriano Callé Lucas, assina um editorial em que recorda o seu pai, Adriano Lucas (Adriano Mário da Cunha Lucas, 1925-2011), fundador do jornal, tal como dos Diários de Aveiro e de Viseu, tendo ainda liderado durante 60 anos o Diário de Coimbra, jornais que, em associação, proporcionam aos leitores da Região das Beiras informação diária, séria e independente.
No texto, reafirma os princípios que nos orientam e que constam do Estatuto Editorial da publicação, um jornal informativo, republicano e liberal, ao serviço de Leiria e da região, defensor de causas que interessam às suas gentes, da Liberdade de Imprensa, da livre iniciativa privada, da economia de mercado e da sã concorrência, do combate aos monopólios, à burocracia, ao centralismo do Estado e a quaisquer ideologias colectivistas, totalitárias, fascistas, comunistas ou outras, que alienam e escravizam os seres humanos.
A actual situação política do país merece ainda uma reflexão do director, que confessa preocupação face à “aparente deriva esquerdista radical por parte do actual líder do Partido Socialista, que, apesar de ter perdido as eleições, parece querer aceder ao poder a todo o custo, mesmo com o apoio dos partidos da extrema esquerda que defendem ideologias comunistas totalitárias, que nada têm a ver com a vontade da maioria dos portugueses, nem mesmo, estamos em crer, com a vontade da maioria dos que votaram no Partido Socialista”.
“Todos os que vivemos os tempos conturbados do processo revolucionário de 1975 (o PREC de má memória) nos lembramos bem dos desmandos e dos grandes prejuízos causados ao país, quando os comunistas estiveram no poder. Desde logo quando tentaram suprimir as liberdades individuais, a começar pela Liberdade de Imprensa, ao tomarem de assalto quase todos os jornais, incluindo o ‘República’, do próprio Partido Socialista, no intuito de silenciarem os opositores, visando a implantação de uma ditadura ao estilo soviético”, refere.
“A bem do país, e da confiança dos agentes económicos indispensável ao crescimento e à criação de emprego, esperamos que impere o bom-senso no Partido Socialista, que esta associação perversa com a extrema esquerda não venha a concretizar-se e que não se repita em Portugal o triste exemplo a que assistimos este ano na Grécia com o Syrisa”, acrescenta, assegurando que os jornais associados do Diário de Leiria – Diário de Aveiro, Diário de Coimbra e Diário de Viseu – manter-se-ão fiéis aos princípios do seu Estatuto Editorial e não deixarão de “combater este cenário tão negativo para o país se vier a concretizar-se”.
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