“A ESPERANÇA É A ÚLTIMA A MORRER”

A Gafanha da Nazaré era uma das localidades onde, ontem, se lamentava profundamente o naufrágio ocorrido na Figueira da Foz, que causou a morte de um pescador e o desaparecimento de outros quatro.
Fernando Mendonça, residente naquela cidade do concelho de Ílhavo, é um dos pescadores que saiu para a faina, na segunda-feira à noite e, contrariamente ao esperado, no dia seguinte, não regressou a casa, para junto dos seus, encontrando-se desaparecido.
Na casa do homem, de 63 anos, casado e com cinco filhos, todos maiores de idade, concentravam-se vários familiares, consolando-se mutuamente e ansiando por notícias. “A esperança é a última a morrer, embora as expectativas sejam baixas, porque ele era o maquinista e poderia estar dentro do barco”, disse a cunhada de Fernando, em declarações ao Diário de Aveiro.
Maria de Fátima Ferreira contou ainda que o marido da irmã saiu de casa para trabalhar cerca das 20 horas de segunda-feira, mas sem certezas de que sairiam para o mar. “Acabaram por sair pelas 22 horas e, quando regressavam, aconteceu esta desgraça”, afirmou, acrescentando que souberam do naufrágio através da televisão.


Diário de Aveiro


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