BOMBEIRAS FORAM PARTEIRAS NO CENTRO DA MEALHADA

Duas jovens bombeiras da corporação da Mealhada assistiram um parto, na noite de quinta-feira, 10 de setembro, no interior da ambulância, estacionada nas imediações do Cineteatro Messias, no centro da cidade. As socorristas, que nunca haviam passado por situação semelhante, falam de uma experiência “fantástica” e “inesquecível” com “aflição e adrenalina” pelo meio. O desfecho deste episódio foi o melhor possível, a Maria Beatriz veio ao mundo com quase três quilos, num nascimento exclusivamente no feminino, apenas com o pai da criança a assistir às operações através do pequeno pórtico da ambulância.
Chama-se Maria Beatriz e é um dos mais novos habitantes da Mealhada, nasceu com 2,910 quilos. Parto normalíssimo em termos clínicos, pois de resto pode dizer-se que foi algo extraordinário (na dupla aceção da palavra), se atendermos que a maternidade foi uma ambulância estacionada em pleno IC2 e quem assistiu a delicada operação foi uma dupla de bombeiras, jovens, que ainda não foram mães e que no meio de tanta atividade de socorro, nunca imaginaram ter uma tarefa destas em mãos, apesar de formadas para tais ocorrências.
Quis o quadro de emergências da noite de quinta-feira, dia 10, nos Bombeiros Voluntários da Mealhada, que fossem Ana Oliveira e Daniela Silva, de 22 e 33 anos, a socorrer uma senhora de 37, residente no lugar de Travasso (Vacariça), com 40 semanas de gravidez e perda de líquido. Eram 21h08 e o alarme soava no quartel. Estavam duas ambulâncias INEM em serviço e foi requisitada esta viatura e esta equipa que, à partida, não fazia ideia da aventura única que ia viver naquela noite.
“A Beatriz ficará nossa para sempre”, disseram as duas bombeiras.
Satisfeito e orgulhoso pelo trabalho das duas bombeiras, o comandante dos Bombeiros da Mealhada, Nuno João, destacou “a preparação, dedicação e o profissionalismo” de ambas, que “não esconderam a euforia quando me contactaram para relatar a situação”.
“Isto é também a prova que os bombeiros estão aptos a responder a todas as situações, mesmo estas onde não abunda a formação, que acaba por ser escassa nesta área mas que deixa o principal, que estas duas bombeiras souberam por em prática, com distinção”.
João Paulo Teles

Leia a reportagem completa na edição de 17 de setembro de 2015 do Jornal da Bairrada


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