A imprensa de Cantanhede
Esta povoação chegou, no passado, a ter três jornais em circulação simultanea. Curiosamente, nessa mesma altura, eram temporalmente todos eles semanários, que acabaram por desistir da senda da chamada “pequena imprensa”. Falamos dos: “Ecos de Cantanhede”, de que era director Manuel Pessoa, causídico que esteve ligado (como correspondente) a vários jornais; “Notícias de Cantanhede”, que tinha como principais responsáveis Joaquim dos Reis e Silveira Magalhães e, por fim, “Gazeta de Cantanhede”, o mais dilatado de sempre, de que era director e proprietário, o decano dos jornalistas, provedor e poeta Henrique Barreto, falecido aos 93 anos e que foi correspondente do desaparecido diário “O Século”.
Os dois primeiros periódicos terminaram há largos anos a sua publicação, ficando apenas a “Gazeta” que terminou a sua acção, em Junho de 1969, após cinquenta e três anos de pertinaz actividade, como defensor dos interesses regionais, tendo marcado, até hoje, a comunicação social regional, como o semanário com maior longevidade, tendo registado nos seus ficheiros 3.500 assinantes, um belo “recorde” ao tempo.
A coroar essa grande vassalagem como “arauto” da informação, a homenagem da Câmara Municipal, ao dar-lhe um topónimo na cidade. Grato reconhecimento!
Presentemente, Cantanhede tem dois periódicos: “Boa Nova”, que atingiu, até agora, o maior número de anos de existência, 69, com a particularidade de ser o único jornal que teve os ciclos de publicação de semanário, quinzenário e actualmente trimensário (5, 15 e 25 de cada mês).
A nível local, Cantanhede teve cerca de trinta publicações no género, fora algumas edições únicas, como foram os casos de um jornal e um opúsculo sobre o “Marialvas” e outro sobre “Os Esticadinhos”.
Licínio Alves
(26 Ago / 10:35)
Diário de Aveiro |
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