E DA LENHA NASCE UM CONJUNTO ESCULTÓRICO

O dia 19 de Janeiro de 2013 foi medonho. Os quatro cedros centenários que se impunham no adro de entrada do cemitério de Ovar, nas traseiras da Igreja Matriz, ficaram praticamente destruídos. À primeira vista, depois de cortados, teriam a fogueira como destino. Marcos Muge andava por ali perto, nesses dias, a trabalhar na recuperação do trono do Senhor dos Passos, no interior da Igreja Matriz. “Quando cheguei cá fora e olhei para o estado em que estavam, tive a visão do que havia de vir a ser”, recordou o artista ao Diário de Aveiro.
Mexeu-se, primeiro para impedir que cortassem as árvores, e, depois, para garantir os apoios necessários. “Estávamos em campanha eleitoral, mas aquele que haveria de vir a ser o presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, deu-me a sua palavra e eu arranquei”. Lançou-se, então, na execução da primeira escultura, aproveitando precisamente uma das árvores vítima da intempérie.


Diário de Aveiro


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