O desafio feito pela Direcção do Beira-Mar foi aceite com a razão do coração. Uma equipa ainda a “lamber as feridas” da queda brutal da liga profissional até às raízes do futebol profundo precisa de quem goste dela. E que lute por ela com o coração. “A ideia até era deixar de treinar, porque são 18 anos nesta vida. Mas perguntaram-me se estava interessado em ajudar e o coração respondeu por mim. Racionalmente, foi uma decisão tomada com o coração”.
José Alexandre, de 42 anos, aveirense e beiramarense, deixou falar a voz do coração e assumiu a liderança de um projecto a partir do zero. Literalmente zero: sem jogadores, ainda sem definição de campos, sem experiência de II Divisão Distrital e, sempre um factor que determina muitos factores, sem dinheiro. Para os mais distraídos: eis o Beira-Mar. “O treinador está aqui em missão, para ajudar, e com a única preocupação de trabalhar para que o Beira-Mar possa regressar o mais cedo possível a patamares condizentes com a sua história".
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