Pouco mais de um ano após a sua morte os deputados de todos os grupos parlamentares aprovaram por unanimidade, a 20 de Fevereiro, o projecto de resolução a conceder honras de Panteão Nacional aos restos mortais de Eusébio, o primeiro desportista a merecê-las. A Assembleia da República salientou então “o símbolo nacional, o homem solidário, o futebolista e o desportista excepcional, evocando o seu estatuto de verdadeiro marco na divulgação e na globalização da imagem e da importância de Portugal no Mundo”.
Hoje, o cortejo fúnebre terá início às 15:15, com a saída da urna do antigo internacional português do cemitério do Lumiar em direcção ao Seminário da Luz, onde vai decorrer uma missa privada. Estádio da Luz, Campo Grande, praça Marquês de Pombal e alto do Parque Eduardo VII são os pontos seguintes antes de passagens pela sede da Federação Portuguesa de Futebol, Assembleia da República e, finalmente, a chegada ao Panteão Nacional, na Graça, previsivelmente pelas 19:00.
Dulce Pontes vai cantar "A Portuguesa" e o também antigo jogador de Benfica e da selecção portuguesa António Simões fará um elogio fúnebre. A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e o Presidente da República, Cavaco Silva, também vão discursar, seguindo-se duas canções interpretadas por Rui Veloso.
Cavaco Silva, Assunção Esteves e o primeiro-ministro, Passos Coelho, irão depois assinar o "termo de sepultura", por volta das 20:00, ouvindo-se novamente o hino nacional, executado pela banda da Guarda Nacional Republicana.
No Panteão Nacional figuram os restos mortais de importantes personalidades do país, entre outros os escritores Almeida Garrett, Aquilino Ribeiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, os políticos Manuel de Arriaga ou Sidónio Pais, ou a fadista Amália Rodrigues.
Para muitos o melhor futebolista português de sempre, campeão nacional pelo Benfica 11 vezes e vencedor da Taça dos Campeões em 1962, Eusébio da Silva Ferreira morreu na madrugada de 5 de Janeiro de 2014, aos 71 anos, vítima de paragem cardiorrespiratória.
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