O sucateiro Manuel Godinho, principal arguido no processo Face Oculta, vai voltar, amanhã, ao Tribunal de Aveiro, para ser julgado por um crime de corrupção activa.
O caso resultou de uma certidão extraída do processo Face Oculta. O inquérito contra o sucateiro tinha sido arquivado pelo Ministério Público (MP), por prescrição do crime de corrupção, mas a empresa que gere a rede ferroviária nacional requereu a abertura de instrução e o juiz decidiu levar o arguido a julgamento.
Juntamente com o empresário do ramo das sucatas vai estar sentado no banco dos réus um antigo engenheiro da Refer, que está acusado de um crime de corrupção passiva, sete de falsificação de documento agravado e um de fraude fiscal.
Em causa estão sete facturas, de 29 e 30 de Outubro de 2001, no valor total de cerca de 115 mil euros, que terão sido indevidamente pagas pela REFER à Sociedade de Empreitadas Ferroviárias (SEF), do grupo do empresário de Ovar.
De acordo com a investigação, as referidas facturas dizem respeito a trabalhos que não foram realizados ou que já tinham sido pagos anteriormente pela REFER.
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