VIATURAS ABANDONADAS PREOCUPAM AUTARCAS

Anadia Viaturas abandonadas preocupam autarcas Catarina Cerca Basta um olhar mais atento para encontra, espalhados por aqui e por ali, viaturas abandonadas. Uma imagem triste e lamentavel que traduz, acima de tudo, o abandono, a negligência, a falta de civismo e respeito dos muitos proprietários deste tipo de viaturas que, indiferentes à legislação, continuam, na maioria dos casos impunes. Velhas carcaças em lugares de estacionamento Dois dos locais visitados pela nossa reportagem (núcleo urbano da vila de Anadia) e a freguesia de Sangalhos merecem ser notícia, embora por motivos diferentes. Em pleno coração da vila anadiense não encontramos mais do que um punhado de viaturas ferrugentas, abandonadas na via pública. Contudo, para além da má imagem, estas viaturas acabam por ser um problema à falta de estacionamento. Numa vila onde o estacionamento é cada vez mais complicado e escasso, a verdade é que alguns lugares continuam (semana após semana; mês após mês e ano após ano) a ser ocupados por velhas carcaças abandonadas e que têm como única companhia o lixo que as rodeia e as ervas daninhas que vão contornando os pneus furados. A imagem é, acima de tudo, triste, mesmo desoladora, dando, nesta época de Verão e turistas, um aspecto de desleixo, contribuindo para denegrir a própria imagem de uma vila que se quer mais aceada e bonita. Isso mesmo nos foi sublinhado por Fernando Fernandes, autarca da freguesia de Arcos que para além de lamentar “uma dúzia de situações espalhadas pela freguesia”, avança que “é uma situação de demonstra a falta de respeito de algumas pessoas, reflectindo ainda a própria imangem dos proprietários das viaturas. Pessoas sem o mínimo de consideração, respeito”. Preocupado com a situação, Fernando Fernandes confessa que “sempre que temos conhecimento de um caso alertamos a Câmara Municipal de Anadia que até tem sido bastante colaborante, resolvendo alguns dos casos mais graves, como a recente retirada de duas viaturas que se encontravam abandonadas em frente a uma farmácia da vila”. O autarca de Arcos só lamenta que “haja tanta burocracia” e que “por muito que queiramos fazer nesta matéria (ambiental) nos seja complicado, não só por falta de meios como também de poder”. Mesmo assim, lá foi dizendo que “continuamos atentos e sempre que nos surjam mais situações tomaremos as providências possíveis”, já que “é lamentável e triste ver que algumas pessoas, por falta de civismo, abandonem os velhinhos automóveis em plena via pública onde permanecem meses sem conta até que alguma entidade daí os retire.” Desleixo e falta de civismo Mas não é só a questão do estacionamento que merece ser realçada, também o mau aspecto e a imagem de desleixo são por demais evidentes, nomeadamente na freguesia de Sangalhos, local onde o número de viaturas abandonadas é surpreendentemente superior ao registado em Arcos-Anadia. Em pleno coração da Bairrada deixar os velhinhos e avariados automóveis na via pública parece ser prática corrente, contribuindo assim, quanto mais não seja, para uma imagem negativa da localidade. Aqui e ali, velhas carcaças, ferrugentas, empoeiradas e rodeadas de lixo e ervas (quase todas já vandalizadas) dão uma imagem errada de Sangalhos, constituindo um triste postal ou cartão de visita. Em causa está, pois, a problemática do ambiente, da negligência e do negativismo que traduz, nomeadamente para os forasteiros e para as pessoas que escolhem estas paragens para passar as férias de Verão. Em várias artérias da vila é fácil encontrar junto às bermas das estradas ou mesmo na via pública viaturas ferrugentas, corcomidas pelo tempo, sem matrículas, muitas vezes já completamente vandalizadas com vidros partidos e pneus vazios. Viaturas que têm como única companhia as ervas daninhas e o lixo que se amontoa a seu lado. Também nesta freguesia o autarca Sérgio Aidos se mostrou preocupado com a situação, tanto mais que avançou ao nosso jornal já ter alertado, por diversas vezes, um proprietário que possui, pelo menos três viaturas, abandonadas na via pública. O autarca sangalhense admite ainda que “em colaboração com a GNR local e Câmara Municipal espera poder resolver este problema rapidamente” até por que como nos assegurou “não temo as consequências”. É que lamentando o complicado processo burocrático que envolve a retirada destas viaturas dos locais onde se encontram abandonadas, admite “começar a agir por conta e risco”, por forma a evitar que o cenário seja ampliado. Sérgio Aidos avançou ainda ao nosso jornal que se prepara para transmitir à Câmara Municipal de Anadia as várias dezenas de casos de que tem conhecimento por forma a que aos proprietários seja dado um prazo para retirarem as suas viaturas destes locais.” Viaturas já sem qualquer recuperação possível e onde só a sucata lhes poderá valer. Daí que não coloque de parte a hipótese de a Junta começar a solicitar a intervenção dos sucateiros, apresentando em seguida a factura aos proprietários negligentes. (9 Ago / 10:43)
Diário de Aveiro


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