“OS CINCO” (QUE) FAZEM ACONTECER O TED’X AVEIRO

Desde tenra idade, aprendemos a saber que um “X” assinala, num mapa, o local onde se pode encontrar um tesouro. Em Aveiro, desde 2010, começaram a aparecer, em determinadas alturas do ano, uns “X’s” vermelhos espalhados pela cidade. Marcas que não deixam ninguém indiferente. Seja pela curiosidade, seja pelo saber adquirido do tal tesouro que está por ser descoberto e que pode mudar uma vida. Aqui não estão em causa baús de moedas de ouro, joias ou outas preciosidades reluzentes. O que brilha são pessoas. São ideias. São histórias inspiradoras. Os “X’s” ajudam a colocar Aveiro no mapa. Dão a conhecer a cidade através… do conhecimento partilhado. E tal como acontece nas histórias que escutamos em crianças, pouco se sabe sobre quem deixou o tesouro naquele local à espera de ser encontrado.
O Diário de Aveiro decidiu mudar o rumo da história. Criar um novo guião que dá importância não a quem procura (e acha) o “tesouro” que é o TED’x Aveiro, mas aos “heróis” que encaram as turbulências para que a arca do conhecimento possa ser aberta e partilhada. Mas calma. Não se assuste. Quando dizemos “turbulências”, falamos de situações normais para quem tem de organizar um evento que há muito ultrapassou as fronteiras de Aveiro e até de Portugal. Aventuras e desventuras que acabam por dar um sabor ainda mais especial a algo que é feito por gosto, em regime de voluntariado. E que já se tornou “o sal da vida” de André Cester Costa, Clara Moreira, Fernando Santos, João Jorge e Nataša Gološin, as cinco pessoas que estão neste barco desde o primeiro minuto e que o têm conduzido por todas as marés.
Avisamos, desde já, que o objectivo destas linhas não é pensar que estamos a falar de mártires – afinal, poderiam ser mártires pessoas que se reúnem em gelatarias? Nada disso. Quisemos apenas perceber as motivações destes empreendedores comunitários – permitam-nos chamar-lhes assim – ou não estivesse na origem deste projecto “a vontade de fazer mais pela comunidade e fazer mexer Aveiro”, numa altura em que sentiram que “os eventos culturais oferecidos eram sempre os mesmos”, recorda André Costa.


Diário de Aveiro


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