“Até às 8:00 de hoje circularam 18 comboios em 262 previstos. No Porto não circulam comboios e em Lisboa circularam nove em 112 previstos” disse à Lusa a porta-voz da CP - Comboios de Portugal, Ana Portela.
De acordo com a mesma fonte, circularam sete Alfa-Pendulares e Intercidades e apenas um do serviço regional.
Os revisores CP agendaram uma greve de quatro dias (2, 3, 5 e 6 de Abril) para reclamar o cumprimento da decisão dos tribunais relativa ao pagamento dos complementos nos subsídios desde 1996.
A esta paralisação juntou-se a greve ao trabalho em dia feriado convocada pela Fectrans (Federação do Sindicato dos Transportes e Comunicações) na passada sexta-feira Santa e no domingo de Páscoa.
De acordo com a CP, as perturbações na circulação de comboios vão ser agravadas pela recusa da fixação de serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral, nomeado pelo Conselho Económico e Social.
Na sequência das greves, a circulação ferroviária está a ser afectada desde quinta-feira, devendo os atrasos e supressões prolongar-se até terça-feira, 7 de Abril, de manhã. A greve dos trabalhadores da CP obrigou à paragem de 704 dos 785 comboios que deveriam ter circulado no domingo, ou seja, 90% do total.
As ligações regionais, sem comboios durante todo o dia, foram fortemente penalizadas, bem como os serviços urbanos de Lisboa e do Porto. Na capital, circularam 40 dos 319 comboios previstos e no Porto apenas seis de um total de 152.
Nas viagens de longo curso, efectuaram-se sete ligações Alfa e 23 InterCidades, ou seja, metade dos 60 comboios programados.
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