As fugas e ruturas na rede de abastecimento de água pública no concelho de Anadia regressou a uma reunião de câmara, desta feita pela voz da vereadora do PSD, Lígia Seabra.
A propósito do Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março, a vereadora recordou que, em Portugal, dois terços dos concelhos têm perdas elevadas de água.
“Num concelho (Anadia), com o elevado número de ruturas na rede verificadas diariamente”, a vereadora questionou “qual a evolução verificada no município no ano de 2014 relativamente a 2013”, mas também “o que foi feito nesta área para reduzir as perdas verificadas no sistema de abastecimento de água” e se “está a ser equacionado, nomeadamente o aproveitamento do novo Quadro Comunitário que tem apoios específicos para a melhoria das redes existentes”.
Antes da edil responder, o vereador Litério Marques, do MIAP, não só destacou que as perdas de água em Anadia são mínimas, como Anadia é dona da sua água, ao contrário de muitos municípios vizinhos e outros que, por esse país fora, venderam este bem a grupos empresariais do setor, como “Águas de Portugal”. O vereador criticou o facto do PSD tentar fazer aproveitamento e alimentar uma discussão fútil nesta questão quando “todos sabem que quem desperdiça muita água são as Águas de Portugal e outros, que, tal como esse, têm grandes ruturas” e “não criam qualidade nas redes”.
A edil Teresa Cardoso, a este respeito, reconheceu que as ruturas acontecem nas redes mais antigas e que o município vai fazendo um enorme esforço nas intervenções e agindo no sentido de minimizar estas situações, sublinhando que as intervenções nas redes são graduais e têm vindo a ser substituídas não só condutas principais como também ramais. E lembrou que “neste sentido, também nos edifícios públicos do concelho estão a ser monotorizados os consumos de água”.
Quanto ao novo Quadro de Fundos Comunitários – Portugal 2020, sucessor do QREN, Teresa Cardoso lamenta que “deixe muito a desejar aos municípios que estão limitados, não podendo recorrer a muitos desses fundos”, deixando a indicação de que nos “próximos anos não haverá acesso a fundos para determinadas áreas”. Por isso, explicou que a opção do seu executivo recai sobre a substituição das redes mais antigas, de uma forma gradual.
CC
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