PORTUGUESES MENOS EMIGRANTES

Emigrantes Portugueses menos emigrantes De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), decresceu 3,5% o número de portugueses que emigraram no ano passado, muito embora tenha aumentado os que abalam por tempo indeterminado. Assim, a emigração permanente cresceu 23%, ao passo que a temporária diminuiu 11 por cento. As estatísticas demonstram ser a região Norte a que mais filhos viu abalar no último ano (10.928 pessoas), logo seguida da região Centro (4.324), Lisboa e Vale do Tejo (2.290), Alentejo e Algarve (1.526) e Regiões Autónomas com 1.521 pessoas. Analisando por sexo e grupo etário, verifica-se que aos homens pertence a maior fatia e que cerca de 72% dos emigrantes se situavam na faixa entre os 20 e os 44 anos; os indivíduos entre os 20 e os 39 anos apontam para ausência temporária, enquanto que quem apostou no afastamento mais prolongado, senão mesmo definitivo, ocupa a faixa que vai dos zero aos 29 anos e acima dos 45 anos. Numa separação entre solteiros e casados, os primeiros levam a dianteira (10.787), contra 8.912 com família constituída. Separando entre emigração temporária e emigração permanente, constata-se que os solteiros optam pela permanente (60,5% do total) e que, na temporária, a diferença entre casados e solteiros é diminuta - 45,8% e 49,2%, respectivamente. Quanto aos países de destino, França é o mais procurado (38,3%), seguindo-se Suíça, Alemanha, Reino Unido e Luxemburgo; no total, este cinco países europeus receberam 72% dos 20.589 emigrantes em 2001. Os Estados Unidos da América já não seduzem os lusitanos e, assim, dos 806 compatriotas que escolheram a América do Norte, somente 656 se quedaram pelos States, fenómeno que se acentua desde o início da década de 90 (4.035 no ano de 1990 e 1.061 em 1996). Ao contrário de antigamente, em que os portugueses que emigravam se caracterizavam pelo baixo nível de instrução, verifica-se que, nos tempos que correm, o panorama é diferente: mais de cinquenta por cento possuíam entre o 5.º e o nono ano do ensino básico e, com a antiga quarta classe, 30,2%. Por sua vez, as remessas dos nossos emigrantes aumentaram, atingindo os 3,7 mil milhões de euros, correspondente a 3,7 por cento do produto interno bruto português. (29 Jul / 15:40)
Diário de Aveiro


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