Rui Silva estava desesperado. Um incêndio destruíra a habitação onde morava com a mulher e os três filhos menores e, além disso, não conseguia arranjar emprego. Decidiu, assim, roubar uma loja de compra e venda de ouro para tentar conseguir algum dinheiro, mas o crime não compensou. No dia seguinte, foi apanhado pela Polícia Judiciária (PJ).
O homem, que começou a ser julgado ontem, no Tribunal da Feira, confessou praticamente todos os factos que constam na acusação, demonstrando estar arrependido daquele que terá sido um acto de desespero. “O que aconteceu não tem desculpa. Foi uma coisa que eu nunca quis fazer na vida”, disse ao colectivo de juízes, acrescentando que sentiu “muita vergonha” quando a mulher descobriu o que fizera. “Não é estilo de vida para mim nem para ninguém andar a roubar”, afirmou ainda o arguido.
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