A tecnologia de autenticação de produtos desenvolvida por dois investigadores da Universidade de Aveiro, Francisco Coelho e Newton Gomes, permite distinguir os artigos de marca verdadeira e os contrafeitos. Trata-se de uma tecnologia “de baixo custo impossível de falsificar”, disse ontem Francisco Coelho ao Diário de Aveiro distinguindo-a da tecnologia de gestão de stocks “como o RFID ou o código de barras”. A nova tecnologia tem vantagens contrastando com outras já existentes “complexos, demorados e dispendiosos”. Segundo Newton Gomes, são aplicados códigos de DNA aos produtos - cuja marca se pretende proteger, tratando-se de códigos moleculares únicos e de fácil produção, etiquetas que não são tóxicas. A marca de um par de sapatilhas, uns óculos de sol, uma obra de arte ou um telemóvel pode ser protegido com esta aplicação de códigos no produto, cuja originalidade pode ser autenticada. A análise de uma amostra no laboratório permite verificar a autenticidade.
Os dois investigadores conseguiram produzir códigos de ADN a partir da variabilidade de ADN existente na natureza, criando um código único para cada empresa (ou linha de produtos). O investigador refere que o conceito é semelhante ao código de barras tradicional, mas “a informação está codificada no ADN e não nas barras”, segundo Newton Gomes.
“O consumidor final pode optar por verificar se o item é autêntico enviando para o nosso laboratório”, segundo Francisco Coelho. “De qualquer forma, estamos também a trabalhar numa forma de ler o código diretamente no local, de forma a satisfazer essa necessidade, caso exista”, acrescenta.
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