O Beira-Mar responsabiliza a SAD pelo estado de abandono a que chegou o Estádio Mário Duarte, pede desculpas públicas à Efémero pelo corte de energia que afetou estádio e estaleiro teatral e anuncia que retomou a liderança da estrutura para repor a normalidade.
É mais um sinal do afastamento de clube e SAD que têm protagonizado nas últimas semanas opções com as quais não se identificam vincando mesmo que são realidades distintas.
Na última semana falou-se sobre a responsabilidade pelo não pagamento da luz e o clube vem a público defender o “bom nome”.
Recorda que em Fevereiro deste ano a anterior direcção tinha concedido à SAD ”a faculdade de utilizar o antigo Estádio Mário Duarte” tendo como obrigações da estrutura de futebol profissional a obrigação de pagar as suas despesas, designadamente, de água, luz, gás e comunicações, cujos contratos de fornecimento desde sempre foram titulados pelo Clube.
“No entanto, no início da presente época desportiva, a SAD começou a desinteressar-se pela utilização e manutenção do estádio, deixando depois de pagar as despesas relacionadas com o mesmo; Face à situação de incumprimento salarial, registou-se também a saída da funcionária da SAD que assegurava a limpeza dos serviços administrativos do estádio; As caldeiras que permitiam aquecer a água dos balneários deixaram de funcionar, sem que ninguém tivesse providenciado pela sua reparação; Nas bancadas, cresceu a vegetação e as cadeiras partidas nunca foram substituídas; Também o campo relvado foi completamente abandonado, não tendo sido objeto de nenhum corte ou manutenção ao longo de vários meses; Perante a situação de abandono e degradação a que o estádio foi sujeito, a direção do CLUBE decidiu reassumir a sua gestão, pois além da dimensão histórica da infra-estrutura, a mesma reveste-se da maior importância para as modalidades do CLUBE, bem como, para o futuro dos escalões de formação do futebol”.
O clube assume que teve de pagar 3500 euros pela reativação sobre o fornecimento de energia elétrica que a SAD não pagou. Uma despesa que, segundo o clube, “representa um encargo tremendo e inesperado”, ao qual acrescem os custos respeitantes ao corte e tratamento da relva, bem como, às intervenções noutras áreas afetas que ainda estão em curso.
“Desta forma, o Clube assumiu a árdua e dispendiosa tarefa de recuperar a operacionalidade do Estádio Mário Duarte, o qual acolhe atualmente os serviços administrativos das secções de basquetebol e de andebol, bem como, as instalações de treino da secção de boxe e, recentemente, recebeu também algumas atividades do 1º Campo de Férias de Natal organizado pelo CLUBE”. Diário de Aveiro |