A ciência passou pelas salas de aula no final do 1º período escolar em Estarreja. Mais de 5 centenas de alunos dos 3º e 4º anos do 1º ciclo do ensino básico assistiram à iniciativa “Ninho de Ciência”, promovida anualmente pela Câmara Municipal de Estarreja. Na aula planetária “Os Rodinhas do Espaço”, foi possível conhecer Marte e a Lua e viajar por estes mundos, utilizando os mesmos veículos – robôs que são lançados da Terra para explorar outros planetas.
Ao longo de um total de 26 sessões que se realizaram nas escolas do concelho, entre 24 de novembro e 3 de dezembro, foram abrangidos 529 estudantes, numa ação orientada pelo astrónomo José Matos, da FISUA – Associação de Física da Universidade de Aveiro.
Ao longo de uma hora, José Matos explica conceitos básicos sobre ciência de uma forma lúdica e com uma linguagem divertida, socorrendo-se de recursos e ferramentas não habituais nas aulas. “Fizemos uma viagem até Marte em 3D, uma experiência diferente”, exemplifica o astrónomo.
Outro ponto que deixa os alunos “impressionados” são os dados numéricos à escala planetária: “Marte era novo há 4 mil milhões de anos, Marte é nosso vizinho e está a 200 milhões de km de distância”. Quando se abordam temas como a idade do sistema solar ou as distâncias planetárias, “estamos a falar de números muito grandes. É bom eles terem essa ideia da grandeza. Embora não seja fácil de assimilar já ficam com o conceito geral”, acrescenta José Matos.
Feitas as contas, “à semelhança de anos anteriores, notei interesse dos alunos, que há uma boa recetividade a este tipo de atividades. Houve interesse e curiosidade”, assinala José Augusto Matos. “Foi uma viagem interessante não só pelas escolas, mas também a explorar outros planetas e outros mundos”.
A professora do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Estarreja, Maria José, comentava de forma muito positiva a iniciativa. “Foi uma atividade que eles gostaram muitíssimo, aderiram e interferiram com sentido de oportunidade. Penso que correu muito bem e os alunos gostaram imenso”, tendo havido uma das suas alunas que até pediu para se repetir a ação. Na opinião da docente, “acho que é de continuar com atividades deste género”. Diário de Aveiro |