Diário de Aveiro: O que destaca deste primeiro ano do seu segundo mandato? Alguma realização em particular?
Gonçalo Rocha: Destaco a continuação do rigor financeiro na gestão da autarquia, com o cumprimento dos principais objectivos inscritos no contrato de saneamento financeiro [rubricado com o Estado], sobretudo ao nível da redução da dívida e da redução do prazo médio de pagamentos a fornecedores. É uma realidade nova neste município, após anos em que a câmara era conhecida por não cumprir com as suas obrigações e por demorar imenso tempo a pagar. Essa realidade transformou-se e, no essencial, passámos a ser uma entidade cumpridora, que honra os seus compromissos.
Que outras “vitórias” reclama?
Paralelamente, registo o cumprimento de uma das medidas mais emblemáticas do compromisso que assumimos com a população em 2013: a introdução do “cheque-farmácia”, que, neste momento, apoia várias dezenas de paivenses; pessoas que, vivendo dificuldades económicas, têm, assim, a possibilidade de aceder a medicamentos e a vacinas. E associámos a este apoio as fraldas para pessoas acamadas. Na minha óptica, é das medidas mais importantes dos cinco anos que levo de presidência, em conjunto com o “transporte solidário”, que tem garantido a muitos munícipes o acesso a consultas médicas, exames e tratamentos nos hospitais da região (Porto, Penafiel e Santa Maria da Feira). Tem a ver com o acesso a um bem essencial como é a saúde.
E com as dificuldades que as pessoas vão sentindo em vários domínios...
Tem sido notório que, nos últimos anos, o poder central tem vindo a descartar responsabilidades em algumas áreas. Por isso, temos procurado acudir às famílias em dificuldades.
Quantas pessoas estão a beneficiar destes apoios?
No que concerne ao cheque-farmácia e após pouco mais de um mês de activação, temos sete dezenas de munícipes a beneficiar desta medida. Quanto ao transporte solidário, registamos uma média mensal na ordem dos 300 utentes. Parece-nos uma medida importante, face ao corte sucessivo nas credenciais [passadas pelos organismos do Estado central] que antes garantiam o transporte de pessoas com dificuldades financeiras.
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