As dragagens na Ria de Aveiro poderão vir a enfrentar dificuldades processuais relacionadas com estudos de impacte ambiental. A informação foi levada à Assembleia Intermunicipal da passada segunda-feira. Com o último Quadro Comunitário a fechar e o Quadro que se prolonga até 2020 em fase de arranque, a preocupação das autarquias está na preparação dos projectos. Até ao momento, os mais simples, como margens, cais de pescadores, pistas cicláveis e esteiros, foram os que mereceram obras mais rápidas. Ribau Esteves admite que os mais 'densos' como as dragagens e a recuperação da Barrinha de Esmoriz enfrentam processos mais complexos. "Se não houver alterações na atitude de algumas entidades, será muito difícil um dia ter licença para ter navegabilidade no 'todo' da Ria. Queremos fazer esse trabalho, queremos que o Polis 2 tenha esse projecto terminado mas, será uma tarefa penosa", disse. O autarca de Aveiro que lidera a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, assume que no caso da Barrinha de Esmoriz, para a história, ficam imposições como o estudo sobre a lampreia que a barrinha nunca teve. "É burocracia a mais, são exigências a mais", vincou. "Nunca ninguém viu lampreias na Barrinha de Esmoriz mas, fomos obrigados a fazer um estudo sobre a presença da lampreia e o impacto da obra na lampreia. Custou-nos 5 mil euros. Ficámos a saber o que já sabíamos. Não há lá lampreias". O futuro da Sociedade Polis é outra das interrogações do momento. Já foi pedida à tutela uma reunião com carácter de urgência para que o futuro se comece a desenhar, nomeadamente se for cumprida a dissolução. "Queremos saber como o Governo perspectiva o futuro do Polis. Se há ou não orçamento para projectos no Polis 2", referiu, mantendo incertezas quanto ao futuro das Sociedade Polis. Diário de Aveiro |