NOVA IGREJA VAI ARRANCAR

Rego Nova igreja arranca em Dezembro O lugar do Rego, não muito grande em território e população, mas no momento a crescer em altura, a ombrear com terras de maior gabarito e de gente briosa, vai, dentro de pouco mais de um ano, poder dispor de um novo templo, arquitectura moderna e bonita, pois que o actual está a ficar degradado e sem condições. Degradação O estado de degradação da actual capela com muitas fissuras, um pouco por todas as paredes, a isso obriga. Aliás, esse é um anseio antigo. O estado em que se encontra o templo é bem evidente nas traseiras, junto à fonte, que de fonte só tem o nome. As inúmeras rachadelas deixam ver o interior. É que, segundo um elemento da comissão de obras, António Carlos Pires, “as paredes descarregaram sobre esta parte”, que é exactamente a parte de construção mais recente (sacristia). Quanto ao interior, afirma que “está toda partida, tudo a cair, tudo muito húmido”. Em suma, não tem condições algumas, ainda que se trate de uma edificação datada de 1953, implantada em terreno que a Junta então cedeu para o efeito. Antes, aquele local era ainda pinhal e havia no topo norte umas alminhas. Fizeram parte da comissão responsável por este melhoramento Manuel Augusto Coelho, Augusto Carlos Pires Duarte, Joaquim Maria Pires (Coluno) e Manuel Ferreira de Oliveira (Drogas) e ali foram investidos 35.000$00. Um ano para a construção O local de implantação da nova capela (agora diz-se igreja) será exactamente o mesmo, derrubada que for a envelhecida capela, logo depois da realização das festas em honra da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, que ocorrem a 8 de Dezembro. Não há tempo a perder e efectivamente prevê-se que o alvoramento seja em tempo recorde. Um ano bastará, uma vez que, segundo Carlos Pires, empresário de construção civil que irá arcar com a responsabilidade de ter o novo templo de portas abertas às festividades de 2003, isso é quase um compromisso. Ora isso só é possível graças ao grande empenho da Comissão responsável que abarca a actual comissão da capela, composta por Manuel Loureiro, Abel da Costa e Adelino Alves da Costa, a que se associaram Celso Nolasco, Alberto Vida e António Carlos Pires, porque, dada a envergadura da obra, era “difícil resolverem o problema sozinhos”. Mas, sendo o lugar do Rego pequeno, como vai construir uma nova igreja? Estarão a perguntar muitos. Com muito brio e generosidade naturalmente. Para já, a comissão dispõe de alguns fundos - “ à volta de 3.500 contos”e da abertura da ADRAC não só para ceder uma faixa de terreno contíguo, lado poente, mas para retribuir com dinheiro um gesto de há alguns anos atrás. Aliás, António Carlos Pires logo ressalva, para que não restem dúvidas: “não vamos dar nada da associação. Vamos retribuir o que a comissão da capela nos fez para a compra do terreno”, que fica entre a sede e a capela. Um empreendimento de 30 mil contos Além do estado de degradação, outros problemas existem: a exiguidade de espaço. “Ao domingo, está sempre lotada”. A futura virá resolver este problema. “Não é grande, é modesta, mas com algumas comodidades” Segundo o projecto e maquete, já exposta no Dia da Comunidade da paróquia de Oiã, realizada recentemente no Parque da Pateira, Silveiro, o espaço é aproveitado em altura. No rés do chão ficará o espaço dedicado ao culto, com capacidade para 150 pessoas sentadas, mas ainda ficará a entrada de acesso ao coro e torre e também às salas de catequese, que ficam no 1º. andar. Na parte de baixo. A actual capela tem capacidade apenas para 50 e, logo que seja demolida, em Dezembro próximo, os actos de culto (celebração da palavra ou missa e terço) passarão a ter lugar na sede da ADRAC, associação que está em perfeita sintonia com a concretização deste anseio da população do lugar. Em sintonia estão também com a diocese. Desde a primeira reunião, “estamos a trabalhar em perfeita sintonia com as entidades eclesiásticas, tendo tido sempre a melhor colaboração”, afirma António Carlos Pires, que se mostra confiante na generosidade das pessoas do Rego e amigos. O projecto, bonito, é audacioso e vai custar cerca de trinta mil contos (149.639,36 euros) (11 Jul / 9:39)
Diário de Aveiro


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