Mealhada
Mealhada Cidade
A Bairrada pode vir a ter duas cidades: Oliveira do Bairro e Mealhada, a concretizarem-se as propostas dos deputados da Assembleia da República, Acílio Gala, (CDS), primeiro caso, e Breda Marques (PSD), no segundo.
Breda Marques apresentou o projecto-lei, no dia 4 de Julho, documento que pode “constituir um marco decisivo para o desenvolvimento do concelho”, já que, no seu entender, a vila da Mealhada “reúne todos os requisitos necessários, quer de odem histórica, administrativa, quer a nível de infra-estruturas”.
Embora tivesse o privilégio de receber foral, dado por D. Manuel I, a 12 de Novembro de 1514, a freguesia é de criação recente. Foi criada pelo decreto-lei nº 33.730, de 24 de Junho de 1944, abrangendo as povoações de S.Romão, Reconco, Cardal, Sernadelo e Pedrinhas. Todavia, é uma povoação bastante antiga onde foi notória a presença romana, assinalada já no ano 39 depois de Cristo, como atesta o marco miliário descoberto, há mais de um século (1856) e que indica a localização da estrada romana de Lisboa a Braga que passava neste concelho . Entretanto, Mealhada surge entre o século XI e XIII integrada no Couto da Vacariça, com o nome de Mealhada Má cuja existência é referenciada em documento de 1288, como confrontação de Ventosa.
O deputado social democrata elenca no documento apresentado o património arquitectónico religioso e não só (igrejas e capelas, bem como os edifícios dos Paços do Concelho e antigo teatro mealhadense, edificado em 1902, edifício da junta de freguesia e Quinta do Murtal, entre outros).
Sendo a Mealhada “ um importante pólo da indústria hoteleira do país e um marco de referência na restauração”, possui uma série de estruturas, não só a nível de equipamentos de ordem social, como a nível desportivo e de ensino.
Breda Marques evoca na sua proposta algumas vantagens de uma cidade em relação a uma vila: “uma cidade atrai novos investimentos, adquire a possibilidade por esta via de aceder a fundos comunitários que apenas são atribuídos a projectos apresentados para cidades”, para além do “estatuto e do orgulho que a sua população de certo sentirá.”
(11 Jul / 9:19)
Diário de Aveiro |
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