AVEIRO SEM TRANSPORTES URBANOS

Greve Função Pública Aveiro sem transportes urbanos e sem consultas Aveiro acordou hoje sem transportes urbanos e com o Hospital Distrital a responder apenas a situações de urgência, reflexo da greve da Função Pública, perspectivando-se um dia praticamente sem consultas externas e cirurgias programadas. Na sala de espera das consultas externas havia, cerca das 08:00, uma vintena de utentes, que ainda alimentavam uma vaga esperança de serem atendidos, mas essa esperança desapareceu meia hora depois quando uma funcionária administrativa advertiu para a possibilidade de a maioria ficar sem consulta. Às 08:45 encontravam-se apenas dois médico no bloco 7, onde se fazem consultas de 16 especialidades médicas. «Há dois meses que espero uma consulta de oftalmologia, mas já vi que vou embora sem ser atendido«, observou Alberto Silva, 63 anos, morador em Cacia, freguesia periférica de Aveiro. «Telefonei a perguntar se valia a pena vir. Disseram-se que o melhor era comparecer e que se depois de via. O que vi já é que tive de pagar 7,5 euros (1.500 escudos) por um táxi, porque não há transportes urbanos e, pelos vistos, vou continuar a ver mal«, acrescenta o homem que precisava de uma consulta de oftalmologia. Também oriundo da periferia de Aveiro (freguesia de Eixo), Alcides Pereira, 37 anos, diz-se um homem «azarado«: «Esperei um ano por uma consulta de dermatologia e haviam de marcar a consulta logo para um dia de greve«. E num desabafo: «Não consigo perceber por que fazem tanta greve«. Nas urgências, a anormalidade é quebrada apenas pela ausência de burocracia, pois a falta de funcionários na aceitação leva à dispensa de preenchimento de formulários. «Um mal que vem por bem«, comenta Raquel Faneca, 29 anos, moradora em Aveiro enquanto espera que um médico trate do problema de garganta da sua filha. Lusa (14 Nov / 14:57)
Diário de Aveiro


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