O cineasta António Pedro Vasconcelos defende que o país precisa de ser "consequente" e tem que lutar por aquilo que considera justo numa perspectiva colectiva "sem se deixar adormecer" depois do voto depositado na urna em eleições. Entrevistado no programa da Terra Nova “Chá das Cinco” na última sexta-feira, antes da conferência em que participou no Museu de Aveiro, o cineasta admite participar na luta contra a privatização da TAP e diz que a democracia atravessa um momento difícil. "O problema é que nós somos reféns da democracia. É uma chantagem permanente. O Governo pode fazer o que quiser porque foi eleito, ainda por cima há um Presidente da República neutro. Não me passa pela cabeça que se privatize a TAP e se os portugueses não se mobilizarem vão ter o que merecem", alertou António Pedro Vasconcelos em Aveiro. "Os portugueses tem a arma do voto que é cada vez mais desprestigiado. A última liberdade que nos resta é a que temos para eleger um carrasco. Somos sempre os primeiros lesados. As pessoas sentem-se impotentes perante tanta ameaça". Diário de Aveiro |