Poucos dias depois das queixas da ADERAV contra os planos da autarquia para o abate de árvores em áreas públicas de Aveiro, Ribau Esteves aproveitou a abertura da 8.ª edição das Jornadas de História Local e Património Documental para apelar ao fim do que entende serem "fundamentalismos". O autarca de Aveiro apelou ao entendimento entre a defesa de interesses particulares e o interesse geral. Num discurso que não teve referências directas ao comunicado da ADERAV, contra o corte de árvores, Ribau Esteves deixou o apelo à compreensão. "Que, por exemplo, um achado arqueológico não seja inimigo de uma obra que se está a fazer, que a árvore do passeio não seja o inimigo do peão que o utiliza e que o valor profundo da nossa história seja um elemento de valorização do nosso presente e futuro e não seja nunca um problema", referiu. Sobre o 'achado arqueológico' na Rua do Crasto que está em obras, sublinhou que é "compatível com a obra que prosseguiu". "A atitude de se encontrar um ponto de equilíbrio entre os valores da nossa história e os valores da qualificação do território é importante para a notoriedade de Aveiro". As jornadas de história local são subordinadas ao tema “Aveiro e a Expansão Marítima Portuguesa” e este ano tem quase centena e meia de inscritos. Lauro Marques, em representação da Associação, disse que se trata de um número importante que "demonstra o interesse das jornadas". O naipe de conferencistas "tem uma qualidade extraordinária", vincou, adiantando que "os participantes na acção revelam o interesse do tema. Organizadas pela Autarquia Aveirense e pela Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro (ADERAV), as Jornadas de História Local e Património Documental são acreditadas pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, dando créditos de formação aos professores que se inscrevam. Diário de Aveiro |