O Beira-Mar reclama créditos de 3,1 milhões de euros no âmbito do Processo Especial de Revitalização da SAD. Esta valor inclui as rendas do pavilhão do Alboi, desde o início do ano, num encargo não cumprido pela SAD. A verba é sensivelmente a mesma do primeiro PER da SAD, aprovado há apenas meio ano, que acabou por ser reduzida em 80% por acordo com a direção de António Regala.
Desta forma o clube garante uma posição mais significativa entre os credores e acaba com o acordo estabelecido entre a direção de António Regala (clube) e Omar Scafuro (SAD) quando se debatia o primeiro PER com um valor que reduzia esses créditos a pouco mais de meio milhão de euros.
É mais um sinal da rotura entre clube e SAD que teve na Assembleia-geral de acionistas o seu ponto alto com Majid Pishyar a ser reconhecido como legítimo proprietário das ações com votação favorável da direção liderada por António Cruz.
"Temos direitos transferidos para a SAD e não podemos consentir que se esteja a dar uma imagem social terrível do Beira-Mar, pela qual já sentimos impacto nas nossas quotizações", justificou o presidente adjunto do clube.
A assembleia geral do Beira-Mar autoriza a direção do clube a requerer um plano de insolvência para apresentar um plano de reestruturação da dívida de 3, 1 milhões de euros que permita evitar a liquidação. É a reação ao chumbo do PER do clube.
Com este passo, os dirigentes que será possível chegar a acordo com a Câmara de Aveiro, o maior credor do clube, com verbas na ordem de um milhão de euros. A autarquia votou contra o PER mas reconhece que tem montantes em dívida superiores aos do clube o que poderá viabilizar um acordo.
No ponto dedicado à criação de comissão para as infraestruturas, a direção assume ter conseguido recintos alternativos a custos inferiores às rendas que pagava, por exemplo, para utilizar o pavilhão do Alboi mas quer iniciar o processo de criação de espaços próprios.
Uma das notas da noite foi dada pelo interesse no aproveitamento do antigo Mário Duarte. O clube quer assumir o espaço e recuperar a estrutura para o futebol de formação. O estádio foi notícia esta semana devido a um corte de energia uma vez que a SAD não terá assumido as obrigações decorrentes da utilização do espaço. Diário de Aveiro |