Diário de Aveiro: Que balanço faz do primeiro ano do seu projecto de apoio à economia concelhia?
Emídio Sousa: Os resultados são excelentes, com destaque para o lançamento do gabinete “via verde empresas”, que garante a legalização de instalações e os licenciamentos. Tem uma importância crucial, uma vez que muitas das firmas nem licença de utilização tinham, o que lhes provocava dificuldades no acesso a fundos europeus e a financiamento bancário. Isentámos de taxas urbanísticas as que se quiseram legalizaram e que não o podiam fazer devido a dificuldades de tesouraria.
Como vai a campanha de promoção externa?
Lançámos a plataforma internacional de negócios “BizFeira” e a plataforma “Feirenses no Mundo”, dirigidas às empresas feirenses e à nossa diáspora. Estão a ser um grande êxito, com mais de 400 empresas inscritas, das quais mais de 30 são firmas internacionais. Editámos o livro “Fazemos bem”, em português e inglês, com edição em francês quando vamos a mercados de língua francesa, que é uma ferramenta fundamental. Torna o concelho mais conhecido e atrai delegações estrangeiras, que estão a vir ter connosco numa base semanal.
No início, as “embaixadas” saíam de Santa Maria da Feira…
Mas nos últimos tempos recebi pessoas da Turquia, da França, da Argélia, do Malawi, de Angola, agendei reuniões com chineses… Já não é o presidente da câmara que tem de ir ao exterior… Também resulta do trabalho de emigrantes portugueses, que servem de intermediários.
A câmara leva os potenciais investidores ao terreno?
Sempre que nos chega um interlocutor da área empresarial, português ou estrangeiro, recebemo-lo – normalmente até sou eu, numa primeira abordagem – e procuramos perceber o que pretende e ser pro-activos na busca de uma resposta. Por exemplo, informamos sobre os espaços disponíveis nos nossos parques empresariais e os respectivos preços. A câmara municipal procura saber tudo o que há no mercado, junto da banca, imobiliárias e particulares, para transmitir essa informação aos potenciais investidores.
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