"VIVEMOS COM AS EXIGÊNCIAS DE QUEM SONHA QUE VIVE NA SUÉCIA" - MARIA DE LURDES BREU.

A Câmara de Estarreja e a Cerciesta assinaram o protocolo que cede o edifício da desativada Escola do Agro à instituição. A mudança será gradual uma vez que a Cerci de Estarreja não tem meios para dar resposta às imposições “excessivas” da Segurança Social, conforme refere a Presidente da Direção, Maria de Lurdes Breu. O Presidente da Autarquia, Diamantino Sabina, reaviva a esperança podendo o novo quadro comunitário constituir uma “oportunidade” para a concretização de uma obra tão importante para a comunidade.

Sendo “uma escola que estava inativa, faz todo o sentido que seja aproveitada para uma obra emblemática como a Cerciesta”. Trata-se de “um primeiro passo com muita boa vontade do Município”, começou por dizer o Presidente da Câmara Municipal, Diamantino Sabina antevendo os “novos passos a dar, não menos importantes, e que vão dar trabalho e um esforço suplementares”. Além do apoio na cedência gratuita do edifício, a Câmara Municipal elaborou o projeto de arquitetura de adaptação ao funcionamento da Cerci de Estarreja.

Maria de Lurdes Breu prevê que até ao final do ano esteja em funcionamento no Agro a Unidade de Bem-Estar, nomeadamente no antigo edifício destinado ao pré-escolar onde a instituição está a realizar as necessárias obras de limpeza e adaptação. “Depois, lentamente e logo que pudermos, vamos mudando os outros serviços consoante as obras que formos conseguindo fazer. Não vejo com tantas exigências, que possamos arranjar cerca de 1 milhão de euros”, lamenta a responsável pela instituição referindo-se às imposições determinadas pela Segurança Social.

“Com as exigências de quem sonha que vive na Suécia e mora aqui nesta ponta da Península Ibérica tesa e cada vez mais falida, a legislação é aquilo que se diz: ‘a letra não dá com a careta’. Com muito pouco dinheiro transformávamos aquilo numa Cerciesta condigna, eficiente e eficaz”, critica Maria de Lurdes Breu. “São ideias erradas de quem não conhece a verdadeira realidade: o refeitório tem que ser maior, a cozinha tem que ser maior, temos dois CAO, cada um tem que ter sala de convívio, quando os alunos são os mesmos, tem que ter uma sala lúdica. É tudo muito excessivo”, reprova.


Diário de Aveiro


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