Miguel Frasquilho, Presidente da AICEP Portugal Global, apresentou dados estatísticos da performance portuguesa em vários indicadores de confiança internacional para o negócio e defendeu a cooperação internacional como a solução no futuro do pós-troika, elogiando os empresários que têm assumido essa aposta. “Penso que esta recuperação dos nossos indicadores externos se deveu à actividade dos empresários em Portugal. Ninguém gosta de crises e de passar por elas mas nós podíamos ter tido duas atitudes perante a crise: ou resignarmo-nos ou batalharmos e virarmo-nos para fora. E os nossos empresários fizeram isso. Isso é de um valor incalculável. Com a limitação do nosso mercado externo, se não apostarmos na internacionalização, não teríamos possibilidade de sair da crise e de progredir sustentadamente”. Miguel Frasquilho, que fez parte da Comissão de Reforma do IRC, congratula-se com a nova reforma. “O IRC é uma das vertentes em que nos temos de apoiar nos próximos anos, é uma das reformas mais importantes que fizemos. É uma reforma que agrada aos empresários, que teve o apoio essencial do maior partido da oposição no parlamento e que, por isso, garante previsibilidade e estabilidade, valores que os empresários muito prezam. Isto dá-nos a garantia que, como está estabelecido até 2018, esta reforma pode vir a concluir-se. Teremos uma taxa em redor dos 17% - das mais competitivas da UE. Esta reforma é das alterações mais bem-recebidas por investidores estrangeiros”. Segundo o presidente da AICEP, a reforma do IRC torna Portugal mais atractivo do que a Polónia e a República Checa, países que concorrem directamente com Portugal pela atracção de investimento. Diário de Aveiro |