O Illiabum teve um arranque "em grande" na Liga Nacional de Basquetebol. A formação ilhavense, treinada este ano pelo 'internacional' Ricardo Vasconcelos, venceu os dois jogos realizados na competição e lidera a classificação. Ricardo Vasconcelos, em entrevista ao programa 'Segunda-Parte' e ao site 'Basketpt.net', falou de basquetebol, deste novo desafio desportivo em Ílhavo, e do seu percurso como técnico da modalidade. Alguns trechos da entrevista podem ser ouvidos na próxima segunda-feira na Terra Nova (19h00) mas a entrevista está integralmente disponível no site da especialidade basketpt.net. Para Ricardo Vasconcelos há ainda "um longo caminho a percorrer na preparação de novos treinadores vocacionados para a formação de atletas". Disse que "temos falta de qualidade nos treinadores da formação. É um tema sensível. Temos muitos técnicos com talento mas são poucos os que estão disponíveis para uma boa formação de atletas. Poucos estão disponíveis para criar projectos individuais de jogadores", referiu. Ricardo Vasconcelos diz-se "uma das pessoas mais felizes do mundo", mas, sublinha que "não é fácil ser treinador de basquetebol, a tempo inteiro" em Portugal. "Sou pago para fazer aquilo que gosto. Dedico-me 24 horas ao basquetebol. Tenho essa sorte mas não é uma profissão que salvaguarde o trabalho no futuro. Continuo a acreditar na função e tenho esperança no nosso futuro", vincou. Os treinadores nacionais que se envolveram em projectos desportivos internacionais "foram bem sucedidos", mas, há ainda muito por fazer. "Os treinadores que tiveram a sorte de trabalhar no estrangeiro foram bem sucedidos na Europa e em África. O nosso problema não é a falta de técnicos de qualidade, é a sua quantidade deficitária mas, treinar equipas seniores e a formação não é a mesma coisa e muitos confundem isso. Muitos pensam fazer na formação o que fazem nos seniores e isso é um erro grave. Temos de fazer jogadores para assegurar o futuro e os treinadores terão de ter essa especialidade". Diário de Aveiro |