No pequeno “lago” junto à casa em ruínas, na área do Campus da Universidade de Aveiro (UA), na margem mais próxima da Rua da Pega, encontram-se peixes mortos em adiantado estado de decomposição. Serão tainhas mortas que exalam um odor que se espalha pelas imediações da rua, junto às antigas marinhas de sal, e atraem insectos que se concentram ao pé da água do lago.
Segundo o director do Departamento de Biologia da UA, Amadeu Soares, a situação encontra-se sob acompanhamento dos Serviços Técnicos da UA. Sobre as razões para o que aconteceu, o director aponta para “temperaturas acima do normal” nos últimos dias, que “poderão ter levado ao desenvolvimento anormal, por crescimento exponencial, de algas azuis - cianobactérias, que podem ser tóxicas.
Portanto, os peixes podem ter morrido devido a essa toxicidade”. Mas pode haver outra razão. “Mesmo que as populações de algas que se desenvolveram não sejam tóxicas, a certa altura essa população morre, o que leva a uma presença de matéria orgânica em excesso, que, por sua vez, provoca carências de oxigénio na água e os peixes morrem por falta de oxigénio”.
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