O eurodeputado Miguel Viegas esteve de visita ao concelho de Arouca. No quadro das habituais visitas parlamentares do PCP, Miguel Viegas reuniu sucessivamente com a Associação Florestal de Entre Douro e Vouga, com a Cooperativa Agrícola de Arouca e com um grupo de jovens produtores de mirtilo.
O concelho de Arouca possui “as melhores condições para uma produção agrícola de excelente qualidade” mas, segundo o PCP, “por falta de políticas adequadas”, continua por explorar, de forma plena, os recursos endógenos existentes onde pontuam produtos genuinamente locais e de alta qualidade.
Ao nível da floresta, verifica-se que o seu potencial está longe de ser explorado, faltando um amplo parcelário florestal que permita identificar os proprietários sem os quais não é possível construir e levar por diante verdadeiras estratégias de prevenção de incêndios e valorização da floresta.
“Por culpa dos sucessivos governos, as associações florestais, ao substituir-se ao próprio estado na tarefa do ordenamento florestal, não têm recebido as verbas necessárias e adequadas”. O PCP diz que os apoios aos sapadores florestais nunca foram atualizadas desde a sua criação em 1999, e as verbas do Fundo Florestal Permanente têm sido desviadas para outras instituições públicas sem reverter para estas associações, como tinha sido inicialmente previsto.
Ao nível da produção leiteira o envelhecimento dos produtores é o principal problemas enfrentado. “O fim das quotas leiteiras, o aumento do custo dos fatores produtivos e os licenciamentos são os primeiros motivos de preocupação”.
Quanto à produção de mirtilo, o deputado comunista ficou a saber que a falta do necessário financiamento para arrancar com a estrutura até que venham os fundos da UE é o principal problema. “Este é mais um bom exemplo da completa falha da política do BCE em tentar fazer chegar capital à economia real e designadamente às pequenas e médias empresas”. Diário de Aveiro |