NETO BRANDÃO QUESTIONA MINISTRO DA SAÚDE SOBRE CIRCUITO DOS CADÁVERES ATÉ CHEGAREM AO INSTITUTO DE MEDICINA LEGAL.

Filipe Neto Brandão questiona o Ministro da Saúde sobre o circuito dos cadáveres no serviço de urgência do hospital de Aveiro até chegarem ao Instituto de Medicina Legal.

A situação foi denunciada pela Ordem dos Médicos no verão passado e teve nos últimos dias a confirmação de queixa no Ministério Público contra a administração do Centro Hospitalar pelo facto dos cadáveres receberem pulseira na urgência e terem alta para depois seguirem para a morgue.

Para o deputado do PS eleito por Aveiro, tanto a credibilidade do denunciante – a Ordem dos Médicos –, como a própria gravidade da matéria denunciada, impõem uma pronúncia do Ministro da Saúde.

“Lemos e temos dificuldade em acreditar na realidade que é denunciada pelo Senhor Presidente da SRC/OM. A ser verdade que haja doentes nas urgências a serem tratados ao lado de cadáveres (o que sucederá, para mais, “muitas vezes”, segundo as declarações do responsável da Ordem dos Médicos), os responsáveis por essa situação serão desconhecedores - além dos normativos legais a que estão, obviamente, adstritos -, dos mais elementares princípios de humanidade e de respeito pela fragilidade em que se encontram, quantas vezes, os doentes que se vêm forçados a recorrer ao serviço de urgência”, lê-se na pergunta.

Filipe Neto Brandão, depois de recordar ao Ministro outras perguntas que permanecem por responder, relativamente ao que descreve como as “crescentes insuficiências do CHBV”, e de “continuar a esperar que alguma vez se decida a adotar as medidas que se impõem como necessárias”, conclui perguntando se é do conhecimento do Ministério da Saúde que, no CHBV, os cadáveres no hospital de Aveiro tenham de dar entrada através da Urgência e só após essa entrada é que são transportados para o Instituto de Medicina Legal.


Diário de Aveiro


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