Na abertura do 18.º “Congresso Português da Obesidade”, que abriu ontem em Aveiro e termina amanhã, a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, desejou que o encontro permita apontar para “caminhos maiores” que possam contribuir para o encontro de soluções para este problema que afecta “um milhão de portugueses”. Um número que, avaliou, “não é coisa pouca”.
Durante os três dias do congresso, além dos novos caminhos que espera sejam traçados, através das participações do congressistas, também desejou uma “linguagem uníssona” e que a vontade do Governo” se concretize em atitudes além de observar que a sugestão de uma mudança do estilo de vida pode ser uma solução, uma resposta que “parece simples”.
Solução “do outro mundo”
Sobre este último ponto, no simpósio que antecedeu a cerimónia de abertura intitulado “FAX TAX - Historial do uso de impostos sobre alimentos para prevenir a obesidade e suas consequências”, o endocrinologista Fernando Baptista disse que o problema da obesidade “não tem a ver com o que as pessoas comem”; tem a ver, com “os estilos de vida”. Aliás, considera “ineficaz a educação alimentar”.
O médico está confiante que qualquer pessoa sabe que é mais saudável uma sopa ou um prato de peixe do que uma ementa de “fastfood”. Apenas entende que a comida mais saudável, que demora mais tempo a ser confeccionada, por exemplo, “é incompatível com a sociedade moderna”. As pessoas vivem “a correr, a gerar valor para as empresas e pouco mais”, lamentou.
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