EMPRESA PARADA POR FALTA DE ENERGIA |
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Águeda
Empresa parada por falta de energia, 50 empregos em risco
A empresa de fiação António Pereira Vidal, de Arrancada do Vouga, Águeda, está parada há uma semana por falta de energia eléctrica e os 50 trabalhadores temem que nunca mais retome a laboração, alertou hoje fonte sindical.
Segundo Leonilde Fátima, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil de Aveiro, a Electricidade de Portugal (EDP) cortou a energia há ano e meio por falta de pagamento, tendo a empresa laborado desde então com recurso a um gerador alugado.
«No entanto, a firma proprietária do gerador recolheu-o na penúltima sexta-feira, altura em que terminou o contrato, deixando a António Pereira Vidal sem possibilidade de funcionar«, explicou a dirigente sindical.
A fonte disse que um administrador da António Pereira Vidal prometeu resolver o problema até terça-feira, estabelecendo um novo contrato de fornecimento de energia com a EDP, mas os trabalhadores estão cépticos quanto a essa possibilidade.
«Para que isso aconteça, têm de pagar no imediato 17 mil euros (3.400 contos) à EDP e outro tanto em cinco prestações, o que os trabalhadores não acreditam«, disse Leonilde Fátima.
A António Pereira Vidal já teve duas centenas de trabalhadores e os 50 que restam são credores do salário de Junho deste ano, 40 por cento do vencimento de Março de 2001 e 60 por cento do subsídio de Natal de 2001.
Em defesa dos seus postos de trabalho e do pagamento das remunerações em atraso, os 50 trabalhadores estão concentrados à porta da empresa desde o princípio deste mês, tendo participado a situação à Inspecção-Geral de Trabalho.
A fábrica, que aderiu a um processo especial de recuperação de empresas, começou a enfrentar problemas em 1997, mas tem viabilidade, segundo a dirigente sindical, que referiu a existência de uma encomenda de 29 toneladas de fio, a satisfazer até Setembro deste ano.
Os problemas que enfrenta decorrem de «sucessivos erros de gestão«, sustenta Leonilde Fátima, dando como exemplo o recurso ao gerador de energia eléctrica, que duplicou os custos nessa área.
A Agência Lusa tentou, sem êxito, ouvir a gerência da empresa.
Lusa
(9 Jul / 9:48)
Diário de Aveiro |
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