Os presidentes das Câmaras de Ílhavo, Vagos e Mira e o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro acentuaram a importância da obra de recuperação da margem poente do canal de Mira com a criação de ciclovia, entre a Costa Nova e a Vagueira, e reconhecem publicamente, perante o Governo, que a defesa da costa se faz na frente marítima mas também na zona ribeirinha.

Fernando Caçoilo, presidente da Câmara de Ílhavo, assume que são intervenções fundamentais. “Sentimento muito especial. É com gosto que temos cá o Secretário de Estado pela defesa das margens da ria que nos une. Temos que continuar a dar importância a este espaço. O mar vai continuar a dar problemas. Precisamos de dar importância a esta questão das margens. É necessário ter esta defesa em atenção. Há muitas margens atingidas nas marés vivas. Estas obras são cada vez mais necessárias. Dão unidade e união”.

O autarca apelou à manutenção e desenvolvimento de projectos de defesa da costa. “Estamos em zona sensível. Realço a intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente. Se não fosse assim hoje não teríamos praia. Agora precisamos de complementar estas obras de forma integrada. Vamos esperar que o próximo quadro de fundos seja amigo destas intervenções”.

Silvério Regalado, autarca de Vagos, reforçou a importância das intervenções na ria e no mar. “Destaco a importância desta intervenção pelo impacto que tem junto das pessoas. A protecção da praia da Vagueira foi importante para que o inverno fosse passado de forma mais tranquila. Fica a palavra de reconhecimento público. É importante que o Polis tenha uma segunda fase”.

Da parte do líder da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro ficou uma mensagem em nome da defesa da orla costeira como esforço permanente. “Visitámos a obra de reforço do cordão dunar. É uma obra importante para que a alimentação artificial deste elemento ajude a manter a sua existência. Ajuda a defender pessoas e bens e guarda valores naturais. Tivemos um problema grave devido às dificuldades financeiras do empreiteiro mas queremos concluir esta obra. É um elemento capital para toda a ria de Aveiro”.

Nos discursos proferidos na Costa Nova, o Secretário de Estado do Ambiente deixou uma nota sobre o futuro para garantir que há estudos e que depois dos estudos chegarão as soluções, os projectos e a captação de verbas para a defesa da costa.

“Felicitar as câmaras e a sociedade Polis pela obra. São obras que contribuem para que a região, que é frágil do ponto de vista ambiental, reforce a resiliência e competitividade. Consideramos que os Polis são bom exemplo de parcerias com as autarquias. Gostaria também de salientar que a defesa do litoral é prioridade do Governo. Arranjámos 16 milhões de euros para reparar estragos e a época balnear decorreu dentro da normalidade. Temos muito ainda a fazer e pensar no próximo quadro comunitário. Temos um grupo de trabalho liderado pelo professor Filipe Duarte Santos preparado para apresentar resultados de um estudo sobre o litoral e as prioridades”.