Dois operários, de 26 e 28 anos, residentes na Bairrada, morreram carbonizados, na sexta-feira, quando se encontravam a fazer a manutenção de uma chaminé na fábrica de celulose do Caima, em Constância.
A empresa e as autoridades já abriram um inquérito para apurar as circunstâncias em que ocorreu o acidente.
Cristiano Catarino, de 26 anos, residente em Anadia, e Filipe Miguel Tomás, de 28, residente em Ventosa do Bairro, Mealhada, eram funcionários da empresa de revestimento de superfícies Orbisource, com sede em Anadia. Os seus serviços foram contratados pela Caima.
A presidente da Câmara Municipal de Constância, Júlia Amorim, disse à Lusa que, de acordo com a informação recolhida junto dos bombeiros o acidente decorreu da inflamação de um produto que estava a ser usado nos trabalhos de manutenção.
Fonte da empresa de Constância explicou ao Correio da Manhã que a produtora de pasta de papel suspende a laboração uma vez por ano para proceder a trabalhos de manutenção dos equipamentos. Desde 29 de setembro que a empresa estava parada. Enquanto decorrem estes procedimentos, a Caima tem ao serviço cerca de 700 trabalhadores, a maioria pertencente a empresas contratadas. No resto do ano, o quadro de pessoal é de 180 trabalhadores, divididos por dois turnos.
No local compareceram os Bombeiros Voluntários de Constância, com quatro veículos, e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Centro Hospitalar do Médio Tejo.
O funeral de Cristiano Catarino decorreu na terça-feira, pelas 17h30, tendo o seu corpo ido a enterrar para o cemitério de Vila Nova de Monsarros. Já o funeral de Filipe Miguel realizou-se na segunda-feira. Ambos os atos lutuosos decorreram debaixo de grande consternação.
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