Miguel Viegas questionou o candidato a comissário europeu designado para as pastas “Estabilidade Financeira”, “Serviços Financeiros” e “Mercados de Capitais”.
Em três perguntas, o eurodeputado aveirense eleito pelo PCP falou da questão dos tratados de livre comércio entre a UE, Estados Unidos e Canadá que, segundo Miguel Viegas, colocam, através do mecanismo de resolução de litígios, estados soberanos numa posição de subordinação face às grandes empresas multinacionais e designadamente os grandes grupos financeiros.
Nas questões dirigidas a Jonathan Hill, Miguel Viegas falou sobre o problema de milhares de cidadãos que, por perderem o emprego, entraram em situação de incumprimento face à compra de habitação. E deixou vincada a necessidade de separar a atividade bancária, isolando práticas especulativas da atividade normal de retalho.
“Tenho três questões: a primeira tem a ver com o tratado de livre comércio. Pergunto se não acha que o acesso dos fundos de investimento ao mecanismo de resolução de litígios pode comprometer eventuais processos de reestruturação de dívida soberana. A segunda é se está disposto a levar mais longe a diretiva 17/2014 impedindo os bancos de reclamar mais créditos depois da execução da hipoteca. Finalmente, sobre a separação bancária, pergunto se está mais perto da proposta de separação completa entre atividade especulativa e operações de crédito normais ou mais perto da contra-proposta do anterior comissário que na prática defende uma solução que deixa tudo na mesma”.
O eurodeputado diz que as respostas de Jonathan Hill foram inconclusivas. Diário de Aveiro |