O projeto de ampliação do Lar da Misericórdia de Sangalhos foi apresentado, com toda a pompa e circunstância, na tarde do último sábado, em cerimónia presidida pelo bispo de Aveiro, D. António Moiteiro Ramos, mas onde estiveram também presentes Rui Cruz, diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Aveiro, Paulo Gravato, presidente do Secretariado Regional de Aveiro da UMP e Teresa Cardoso, presidente da Câmara de Anadia.
Obra urgente. Após uma visita às atuais instalações, a apresentação do projeto de ampliação e remodelação do Complexo Social de Apoio à Pessoa Idosa decorreu no Salão Paroquial local, perante a presença de muitos irmãos, familiares de utentes e amigos.
Na ocasião, Amândio Albuquerque, presidente da Assembleia-geral da Misericórdia sangalhense, referiu-se ao evento como “o primeiro passo de um marco decisivo na história futura da nossa Misericórdia”.
Uma obra de grande envergadura que levou também Paulo Gravato a desejar “coragem” à mesa administrativa por forma a conseguir levar a bom porto tamanha empreitada.
Uma das intervenções mais aguardadas era a de D. António Moiteiro Ramos, que assumiu funções na Diocese de Aveiro há apenas duas semanas.
Nesta sua deslocação a Sangalhos, numa das primeiras visitas oficiais que realiza, sublinhou a colaboração do Governo e da autarquia, que considerou serem fundamentais “para meter mãos a este empreendimento”, destacando ainda que neste tempo de desafios às instituições, agravado pela crise, há instituições, como é o caso da Misericórdia de Sangalhos, que não se deixa abater ou resignar perante as dificuldades: “isto é digno de registo, pois é um ato de coragem”, diria.
Conclusão em 2016. A obra, orçada em dois milhões e meio de euros (acrescido de IVA) será, segundo revelou Manuel Gamboa, iniciada em 2015, prevendo-se uma comparticipação de fundos comunitários na casa dos 70%. Uma obra urgente, na medida em que o Complexo Social de Apoio à Pessoa Idosa, com 32 anos de vida, está desajustado das necessidades atuais, não cumprindo o normativo em vigor. O complexo passará a ter três pisos – atualmente tem dois – mantendo, contudo, as atuais 60 camas disponíveis, mas em condições de conforto e segurança completamente distintas. A obra, que deverá ficar concluída em 2016, prevê ainda a construção de uma capela, biblioteca/museu, integrando elevadores, entre muitos outros melhoramentos.
“Será um espaço harmonioso, acolhedor, funcional e onde a vida de cada irmão possa ser digna e feliz”, diria Manuel Gamboa, dando nota de que a obra vai ser alvo de uma candidatura a fundos comunitários, já que o próximo Quadro Comunitário de Apoio favorece a requalificação do edificado.
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Catarina Cerca
Diário de Aveiro |