Diário de Aveiro: Qual o balanço que faz destes 40 anos da AEA?
Ricardo Abrantes: A avaliação que faço é muito positiva. Tenho falado com imensos empresários que me têm transmitido exactamente isso, que a AEA é uma associação forte e com grande capacidade interventiva junto dos poderes instalados. Mas também porque a AEA é um parceiro das empresas e temos por hábito dizer que nenhuma empresa fica sem resposta quando liga para a associação.
Ao longo destes 40 anos, a AEA tem sido uma associação bastante activa e tem sido a única associação local a dar voz aos problemas que afectam o dia a dia das empresas.
Confesso que me sinto bastante satisfeito por presidir a esta grande associação pela, como referi, capacidade interventiva, pela qualidade da informação e serviços que presta aos associados e pela formação de excelência que ministra.
Garanto que, passados 40 anos, o espírito de missão e de dedicação às empresas, mantém-se bastante presente no nosso dia-a-dia.
De que forma o tecido empresarial da região tem sentido a forte crise económica?
Penso que ninguém escapa a esta crise, logo as empresas da região também não. Acontece que os indicadores e rácios económico-financeiros e do emprego revelam que o tecido da região está a reagir relativamente bem quando comparado com outras regiões. A actual conjuntura é muito difícil, contudo, e devido a algumas especificidades das empresas locais, o desempenho delas tem-me surpreendido pela positiva.
Não quero com isto dizer que não existam problemas – que penso serem localizados, mas o facto de o tecido económico local ser maioritariamente transformador, a balança positiva que gera em termos de comércio externo (isto é as exportações das empresas são superiores às importações) e os vários casos de sucesso que têm sido noticiados, reforçam a minha convicção de que as empresas locais têm reagido relativamente bem a esta crise. Como sabe, a região tem um tecido empresarial rejuvenescido, competitivo e fortemente exportador. São empresas que apostam na inovação, no design, na logística, no marketing e na imagem corporativa. Por tudo isto, eu acredito nas empresas da região.
Qual tem sido o papel da AEA no apoio aos seus associados, neste contexto de retracção económica?
Por um lado a AEA é uma associação activa e interventiva na defesa e na procura das melhores soluções para as empresas. Por esta razão, temos saído publicamente em contestação a muitas medidas, temos efectuado várias propostas, temos denunciado os exorbitantes preços da energia, por vezes o deficiente serviço de fornecimento, etc. Por outro, a nossa associação presta apoio técnico nas mais variadas áreas. O nosso lema é dar resposta a todas as solicitações das empresas. Na AEA ninguém fica sem resposta e esta é a grande mais-valia da nossa associação. Há uma relação fácil e próxima com os associados que nos colocam questões, problemas e denunciam aquilo que acham que está mal, pelo que, temos que dar resposta a todas estas situações.
A formação é de elevada qualidade e amplamente reconhecida pelas empresas da região. Actualmente, a título de curiosidade, estamos a dar formação em empresas desde Espinho até Leiria, por isso veja-se a qualidade que nos é reconhecida.
Temos várias acreditações, prestamos apoio especializado muito forte e reconhecido pelos empresários e pelos técnicos. E apenas dou o exemplo do apoio fiscal que prestamos.
Resumindo, o papel da AEA é dar voz aos problemas e anseios das empresas e prestar serviços adequados às necessidades das empresas.
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