ÍLHAVO: PS ACUSA MAIORIA DE FUGIR AO DEBATE SOBRE OFERTA DE LIVROS. PSD DIZ QUE NINGUÉM DEIXARÁ DE TER LIVROS POR DIFICULDADES FINANCEIRA

A bancada do PS na Assembleia Municipal de Ílhavo apresentou recurso da decisão da Mesa da AM de não incluir a proposta sobre oferta de manuais escolares na Ordem de Trabalhos e o debate ficou aceso. A Mesa propôs votação para decidir sobre a admissão da proposta ao debate mas a maioria chumbou essa possibilidade. A proposta não foi, por isso, sequer discutida. Fernando Caçoilo, presidente da Câmara de Ílhavo, insiste que há apoios para casos específicos e que ninguém ficará sem livros no ensino básico.

“A CMI aprovou, no âmbito da Ação Social Escolar, o apoio para a aquisição de manuais escolares para quem necessita. De quem necessita, como é evidente. O senhor quer que eu dê livros ao filho do senhor Rui Costa? Não há nenhuma criança deste município que deixa de ter livros se tiver dificuldades. Nós somos contra o ´borliú` generalizado nesta matéria e noutras. E também não percebo porque é que diabo o PS, que tem vereadores na câmara, não apresentou esta proposta na Câmara Municipal? Porque é que vem ser apresentada na Assembleia Municipal? Ou há dois PS’s? O PS da câmara não tem o mesmo interesse do PS da Assembleia?”

A proposta do PS sobre um eventual programa de oferta de manuais escolares no 1º ciclo do ensino básico tinha sido lançada durante a semana seguindo uma ideias que algumas autarquias têm lançado. Sérgio Lopes, presidente da Concelhia Socialista, considera que a recusa sobre o debate da proposta foi feita para evitar a exposição pública de um chumbo por parte da maioria Social Democrata.

“Concordem ou não com a proposta, aquilo que o PSD se recusou aqui a fazer foi sequer a discuti-la. Por saber que ia ter que a chumbar só porque sim, o PSD teve medo de a discutir, teve medo de não ter argumentos suficientemente fortes para contrariar os argumentos do PS em torno da proposta. A oposição não é verbo de encher, não estamos aqui para enfeitar.”

Flor Agostinho, porta voz da bancada do PSD, saiu em defesa da maioria para defender que a política de educação não se reduz à oferta de livros. “Os ilhavenses sabem distinguir qual foi a política de educação nos últimos anos e sabem qual foi a política do último governo socialista que esbanjou milhares de euros durante o seu mandato. Temos hoje edifícios construídos por esse governo que não foram acabados, que não funcionam. Virem (PS) aqui dizer o que foi dito é uma aberração".


Diário de Aveiro


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