O Museu Marítimo de Ílhavo, em parceria com o 'CEIS 20' da Universidade de Coimbra, organizou ontem um seminário dedicado ao tema “Do(s) Mar(es) no Cinema Português”. Promovido pelo projecto "O Cinema e o Mundo – Estudos sobre Espaço e Cinema" e por um grupo do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o seminário itinerante “Espaço e Paisagem no Cinema Português” teve a sua primeira sessão no auditório do Museu Marítimo de Ílhavo. "Um historiador encara o cinema como um documento histórico", disse à Terra Nova Paulo Cunha. Para este investigador da Universidade de Coimbra, é relevante desenvolver capacidades analíticas. "Interpretamos várias épocas. Como o cinema era usado pela 'propaganda' dos Regimes e a sua instrumentalização para 'educar' massas", sublinhou. "Trabalhamos o cinema tendo por base esse mecanismo que nos transmite valores, ideias e ideários de gerações. O cinema é um documento". O seminário abordou as influências marítimas dos cineastas portugueses e o lugar da paisagem marítima na filmografia nacional, culminando com a exibição do filme “A mãe e o mar”, seguido de uma conversa com o realizador Gonçalo Tocha e com os intervenientes no filme, “Glória”, Ramos Costa e Guilherme Piló Sales. Diário de Aveiro |