A administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga diz que a passagem administrativa de cadáveres pelo serviço de urgência é uma forma de evitar “erros de procedimento registados no passado” e a “assunção da responsabilidade pela instituição hospitalar e pelos seus profissionais no que diz respeito à aplicação das boas práticas em relação ao tratamento da pessoa humana depois do momento da morte”.
Na resposta às notícias que vieram a público nos últimos dias sobre o circuito dos cadáveres na urgência, o CH esclarece que “a entrada da Sala de Emergência é autónoma da entrada do utente no Serviço de Urgência” e “o circuito físico que fazem é separado, pelo que não há cruzamento entre os utentes que se encontram no SU e cadáveres”. Realça o facto de não existir risco para a saúde pública.
Quanto ao processo de admissões diz que “implicam, automaticamente, devido à parametrização do sistema informático existente, o procedimento de triagem, que no caso de um cadáver é apenas uma questão de processo, sendo atribuída diretamente a cor preta” salientando que “esta atribuição de cor preta não é realizada no local onde é efetuada a triagem aos outros utentes que se deslocam ao SU”. Trata-se, ainda segundo a administração, de ato “isento de taxa moderadora”.
O CHBV diz que “a Sala de Emergência é dividida em três boxes” não existindo contacto entre utentes a necessitar de assistência e cadáveres e esclarece que a permanência do cadáver se dá por “tempo mínimo” de “forma a respeitar as formalidades clínicas e administrativas”. Diário de Aveiro |