Um implante craniano para substituir um osso da cabeça? Feito em quatro horas. Uma porta para um protótipo de um novo automóvel? Feita em seis horas e meia. Uma peça para a fuselagem de uma nave aeroespacial? Feita em cinco horas. O escultor dá pelo nome de “máquina para estampagem incremental de chapa” e a julgar pelo tempo que demora a fabricar as peças não parece assim tão eficaz. Mas se pensarmos que se tratam de peças exclusivas, feitas por uma máquina capaz de estampar em placas de aço de alta resistência qualquer coisa que se imagine, então a máquina inventada na Universidade de Aveiro (UA) "assume um carácter único no mundo". Desenvolvida a pensar sobretudo na indústria biomédica, automóvel e aeroespacial, a máquina da UA actua na chapa suspensa apenas pelo perímetro. Os seis braços hidráulicos ligados ao punção conferem-lhe uma grande liberdade de movimentos e permitem-lhe imprimir forças até aos 2000 quilos em chapas de metal, desde as menos resistentes até às de aço usadas nos aviões, e moldá-las ao sabor do comando computorizado programado pelos técnicos. E a precisão com que o faz "assemelha-se ao cinzel de um escultor de mármore: até faces humanas o punção molda no aço". Mais em UA.PT Diário de Aveiro |