Duas dezenas de representantes dos 20 mil produtores – empresas, adegas cooperativas e associações de produtores – da Comissão de Viticultores da Região dos Vinhos Verdes (RVV) reuniram, ontem, nos Paços de Concelho de Vale de Cambra para, nomeadamente, decidir o alargamento da produção do vinho verde da “Casta Alvarinho” a todos os concelhos que a integram.
A decisão – acentue-se – terá, ainda, de ser ratificada pela tutela governamental, sob a forma de lei. Recorde-se que a Casta Alvarinho tem o seu “terroir” – zona privilegia de produção – nos concelhos de Monção e de Melgaço.
“Esta reunião fica na História”, sublinhou José Pinheiro, o presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra, falando ao Diário de Aveiro nessa condição, apesar de ser, também, líder directivo da adega cooperativa local.
O autarca salientou que o alargamento do território de produção do vinho verde de Casta Alvarinho virá reforçar as capacidades exportadoras desta região vinícola. “O meio milhão de litros desta casta que se engarrafam são insuficientes para uma região que é a segunda maior exportadora”, enfatizou.
José Pinheiro acentuou que a competitividade dos produtores sairá reforçada com esta medida. “Não temos de ter medo dos grandes desafios!”, proclamou.
Manuel Pinheiro, o presidente da comissão executiva da RVV, realçou o bom desempenho do sector nos mercados externos, testemunhando que “o ano comercial tem corrido bem”.
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