BEIRA-MAR: “ESFORÇO FINANCEIRO TEM SIDO UM GRANDE DESAFIO E MUITO MAIOR DO QUE O INICIALMENTE ESPERADO” - OMAR SCAFURO.

Omar Scafuro espera regularizar a folha salarial dos funcionários do Beira-Mar em Julho e diz que a liquidez vai depender de negócios do mercado de verão com transferência de atletas. Entrevistado pelo site “mais beira-mar”, o presidente da SAD assume que “o esforço financeiro tem sido um grande desafio e muito maior do que o inicialmente esperado”, tendo em conta que na altura do Plano Especial de Revitalização “a Segurança Social votou contra a homologação do mesmo” (foi mesmo o único grande credor que votou contra).

Quanto ao falhanço nas negociações com Vicent Tan para a entrada do novo investidor, o dirigente assume que “nunca” anunciou a iminente entrada de um novo parceiro mas admite que “a aprovação do PER iria criar as condições para potenciais novos sócios manifestarem interesse em fortalecer o capital social da SAD”.

“A potencial entrada de novos sócios, agora ainda mais possível, era e é projetada não tanto para fazer a nossa equipa de futebol mais competitiva, neste sentido a SAD já tem a sua estratégia e os recursos financeiros suficientes para criar uma equipa forte e com garantias de grande competitividade, mas para dar a Aveiro e ao clube as infraestruturas desportivas que precisam para permitir que os jogadores de futebol, profissional e de formação, possam ter melhores condições de treino e competição, assim como os atletas das outras modalidades”.

Mesmo sem o reforço de meios financeiros, Scafuro diz que “a subida é uma meta obrigatória para o Beira-Mar” salientando que a contratação de Jorge Neves foi a forma de corrigir uma injustiça.

“Talvez para os adeptos possa ser visto e interpretado como ato de pouca coerência. No entanto, na vida, é melhor perceber que quando estamos errados, o melhor a fazer é corrigir em vez de continuar a cometer erros. Eu tinha uma dívida profissional e moral para com o Jorge Neves. Provavelmente, não merecia ser substituído em Janeiro; percebi o erro e com a maior satisfação fui imediato a para devolver-lhe a confiança que, reconheço, injustamente lhe tinha tirado naquela altura”.

Sobre a recente polémica com Majid Pishyar que acusou o italiano de não ter pago as ações, Scafuro diz que o iraniano devia olhar para o passado como dirigente.

“A única coisa que os adeptos se lembram é que este homem, depois de já ter afundado dois clubes históricos na Áustria e Suíça, chegou de helicóptero a Aveiro, em 2011, prometendo em poucos anos colocar o Beira-Mar na Champions League. Em pouco tempo saiu, tendo deixado, no final de Dezembro último, o mesmo Beira-Mar na II Liga, com dívidas em todos os lados, desrespeitando qualquer acordo com o clube (que foi obrigado a meter uma acção de insolvência para afastá-lo) e uma empresa, a SAD, em estado de falência técnica, sem dinheiro para uma deslocação, na altura, à Madeira. Essa pessoa deveria, pelo menos, ter a dignidade de desaparecer para sempre e agradecer ao Senhor por ainda conseguir circular no resto do mundo”.


Diário de Aveiro


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