'NÃO SE DEVE CONTRAIR UM CRÉDITO PARA PAGAR OUTRO CRÉDITO MAS, HÁ EXCEPÇÕES' - BDP.

Há "atitudes positivas" na Banca que o Banco de Portugal (BdP) elogia. A crise trouxe novos problemas e novas 'atitudes' na gestão do crédito e na relação com os clientes.

A forma como as entidades bancárias ajudam a ultrapassar o endividamento excessivo merece essa recomendação do Banco de Portugal representado, ontem, num seminário dedicado ao “Sobre-endividamento das Famílias”.

O tema está na agenda do dia uma vez que foi divulgado que no final de Março havia 150 mil famílias com um crédito para a casa vencido. Dados que se aproximam do máximo de incumprimento registado durante a crise, em Junho de 2012. Diariamente há 80 portugueses a atrasar o pagamento de prestações. Número que sobe para 153 quando se fala de todo o tipo de créditos. "Não se deve contrair um crédito para pagar outro crédito mas, há excepções. Há instituições de crédito que, quando o cliente entra em incumprimento, não deixam que através de 'linhas' desse cartão de crédito o cliente resolva o problema do incumprimento. Comercializando, à parte, uma linha de credito pessoal sem finalidade, proporcionam taxas mais baixas para pagar as prestações em atraso. Na prática é um crédito paralelo com taxas mais baixas para pagar a dívida e isso é muito vantajoso", referiu a representante do BdP.

A sessão de Ílhavo, no CIEMAR, procurou “informar e sensibilizar” os cidadãos para diversos problemas do quotidiano, assim como a importância da gestão financeira familiar, esclarecendo e apoiando-os na decisão de escolha dos produtos e serviços existentes no mercado, prevenindo conflitos de consumo e resolvendo questões práticas. A Defesa do Consumidor diz que está a trabalhar para chegar à população porque os cidadãos, por regra, não procuram a DECO para se informarem e prevenirem, posteriormente problemas financeiros. "As pessoas nunca vão ter connosco, não percebemos porquê! Fazemos um esforço para ir ao encontro da população. Fazemos anualmente milhares de quilómetros no âmbito do projecto 'DECO on Road'. Vamos para as aldeias e interior do país, às feiras e Juntas de Freguesia, por exemplo. Se não formos nós a ir as pessoas não vêem até nós, só em caso de aflição. Aí aparecem aflitas, mas, muitas vezes já é tarde", for referido numa jornada de trabalho dedicada ao sobre-endividamento.


Diário de Aveiro


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