As ondas de choque provocadas pelos resultados das eleições Europeias do último domingo começam a revelar o posicionamento dos principais dirigentes quanto à disponibilidade manifestava por António Costa para discutir a liderança do PS com António José Seguro.
O actual líder da concelhia socialista de Ílhavo confessa que quer ver a liderança do partido “clarificada” a bem do interesse dos portugueses que, segundo Sérgio Lopes, “precisam como de pão para a boca de uma alternativa agregadora dos diversos sectores da nossa sociedade”.
Um apelo às eleições diretas, com apoio pessoal dado a António Costa, admitindo Sérgio Lopes que só com esse processo de escolha o PS estará preparado para discutir as Legislativas.
“O país precisa de um PS forte e capaz de derrotar a Direita. Estamos longe de o conseguir. Os socialistas e os eleitores já deram disso nota”.
O ex-presidente da concelhia, próximo da liderança de António José Seguro, manifesta-se contra a posição assumida por António Costa. “Fico estupefacto com a rapidez deste tipo de manifestações”, revela José Vaz.
“Fico estupefacto pois deve ser caso único na história de qualquer partido, reclamar-se por novas eleições depois do atual Secretário-Geral ter sido eleito há poucos meses, e ter ganho todas as eleições que havia para ganhar no seu mandato (Regionais, Autárquicas, Europeias)”. Vaz admite que o momento “só pode ser para descredibilizar o PS”.
José Vaz admite que o quadro não muda apenas com mudança de líderes. “Só quem não fez campanha nas ruas do nosso país pode achar que o problema é de líderes. Os portugueses estão zangados com os políticos dos partidos do arco do poder”. Diário de Aveiro |